Primeiro governador reeleito da história do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), tomou posse neste domingo e elegeu como prioridade do seu mandato a educação. Recuperar o aprendizado defasado pelos dois anos de pandemia e viabilizar a meta ousada de expansão do turno integral para 50% das escolas de Ensino Médio em quatro anos são compromissos. Também faz parte das promessas agilizar as reformas das estruturas de ensino, que aguardam por melhorias. Ele prometeu, ainda, no discurso de posse “combater à pobreza, especialmente à pobreza infantil.”
Ao contrário do cenário financeiro difícil de salários atrasados dos servidores e do pagamento de fornecedores, Leite propaga que, agora, com as contas em dia será possível fazer mais investimentos. O equilíbrio fiscal do primeiro mandato foi alcançado com medidas duras e até polêmicas, como privatizações, e reformas administrativa e previdenciária. As propostas aprovadas na Assembleia e adotadas pelo governo eram, em sua maioria, exigências para adesão ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF), aprovado em 2022 pelo governo federal.
Ao lado do vice Gabriel Souza, Eduardo Leite assina termo de transmissão do cargo/Crédito: Maurício Tonetto, Divulgação
Portanto, o governador reeleito inicia sua gestão sob o regime, que impõe restrições ao Executivo, entre elas, a contratação de pessoal. Medidas que geram despesas terão de passar pelo aval de um conselho. Embora as contas em dia, Leite também enfrentará um déficit neste primeiro ano de R$ 3,9 bilhões, resultado da redução da alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias (ICMS) dos combustíveis e de energia elétrica, ainda sob a incerteza de compensação das perdas causadas aos Estados.
Mas, claro, que o governador inicia sua segunda gestão, que tem 27 secretarias, em condições bem mais favoráveis comparada à primeira, especialmente para cumprir a promessa na educação. A contagem regressiva começou.
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